Entidade protetora dos animais celebra ovo produzido fora de gaiolas

Reino Unido: Entidade protetora dos animais celebra ovo produzido fora de gaiolas

Em nota emitida no início desta semana, a Real Sociedade de Prevenção à Crueldade contra Animais (RSPCA, na sigla em inglês), principal entidade britânica defensora do bem-estar animal, saudou a informação de que, hoje, mais da metade dos ovos comerciais produzidos no Reino Unido já não contam com a participação do que considera “gaiolas cruéis”.
Conforme a RSPCA, em 1995 cerca de 86% dos ovos produzidos pela avicultura britânica eram de “galinhas enclausuradas” e somente 14% provinham de poedeiras criadas em galpões (sobre piso), ao ar livre ou sob sistemas caracterizados como orgânicos. “Em contraste, em 2011, 49% dos ovos foram produzidos por aves mantidas em gaiolas e 51% por aves fora de gaiolas”, diz a nota da entidade.
Mas... espera lá! Considerando-se, primeiro, que desde o início de 2012 as gaiolas convencionais estão proibidas em toda a União Europeia e, segundo, que os produtores britânicos dizem estar entre os que melhor atenderam ao embargo em vigor, como pode a RSPCA afirmar que 49% das poedeiras britânicas ainda são mantidas em gaiolas?
A resposta é simples: a mais antiga entidade de proteção aos animais (foi fundada em 1824, 188 anos atrás) não aceita nem mesmo as gaiolas enriquecidas: “uma gaiola, não importa de que tipo for, sempre será uma gaiola”, diz porta-voz da entidade. Daí defender o banimento total das gaiolas nas granjas de postura comercial.

(AviSite)